A incrível história da camponesa que lutou contra uma mineradora e venceu – veja vídeo
Máxima Acuña, uma mulher de luta que simboliza a resistência na América Latina. Fonte |
Toda vez que vejo o vídeo de premiação de Máxima Acuña me vêm as lágrimas nos olhos. É porque é emocionante ver, que pelo menos desta vez, a luta de uma camponesa para salvar o meio-ambiente da degradação ambiental, foi reconhecida. Máxima foi extremamente corajosa! Em 1994, sua família comprou terras nos Andes para plantio. As terras eram próximas de uma mineradora, a Conga Mine, a qual é parte estado-unidense (Newmont Mining Corporation) e peruana. A mineradora decidiu expandir suas escavações nas terras de Máxima, alegando que as terras lhe pertenciam e que a tinham comprado em 1997. Em 2011, a casa da família de Máxima foi criminosamente destruída pela segurança privada da multinacional. A polícia ignorou as queixas e, alguns meses depois, Máxima e sua filha foram espancadas brutalmente, até perderem consciência. O marido testemunhou tudo, mas as queixas foram novamente negadas.
Máxima no está sola. Fonte |
Em 2012,
protestos contra a destruição do meio-ambiente começaram a acontecer contra a
mineradora. Cinco ativistas foram assassinados. Máxima acolheu os protestos em
suas terras e ela foi sentenciada a pagar multa de 200 dólares e a deixar suas
terras, além de 3 anos de prisão por grilagem de suas próprias terras. Apesar
das inúmeras tentativas de levar o caso à justiça, suas queixas eram sempre
negadas em todos os tribunais do Peru, até que a Corte Internacional dos
direitos humanos e a Organização de estados americanos pediu ao governo peruano
que adotasse medida cautelar (prevenir abuso de poder) com relação aos 46
ativistas e à família de Máxima.
Máxima venceu a mineradora multinacional e ajudou a preservar o meio-ambiente e o direito dos camponeses. |
Em 2014, as
queixas da mineradora foram negadas e alguns meses depois, a nova casa da
família de Máxima foi destruída, o que gerou protestos internacionais. Foi somente
depois disso, que Acuña consegiu vencer as tentativas criminosas da mineradora,
recebendo proteção internacional, mas não do governo. Que continua até hoje sem
dar um parecer.
Hoje
Máxima ganhou o Nobel do meio-ambiente por sua luta pela terra. Fonte |
Máxima
recebeu neste ano o prêmio Goldman, que é reconhecido como o prêmio Nobel do
meio-ambiente. A luta dela e de todos os camponeses não é tão rara assim, pois
a história da América Latina mostra bem como suas terras e florestas são
sugadas e destruídas por corporações estado-unidenses e europeias, pouco
interessadas em direitos humanos e ambientais. No Brasil, pudemos ver bem como
estes jogos de poder funcionam, com o desastre de Mariana, que agora segue
arquivado.
É triste
que a luta camponesa e, muitas vezes, indígena passe ignorada e um verdadeiro
genocídio ocorra, sem que a mídia comum se interesse. É preciso que muitas
pessoas morram e muita violência ocorra, até que as comissões e a opinião
pública possam intervir.
O que você pode fazer?
Esta é só a ponta do iceberg da quantidade de metais jogados fora. Fonte |
Mineradoras
fazem de tudo para explorar minérios por uma razão muito simples: o minério
vale muito! E ele vale muito porque existe grande demanda por ele. Minérios são
usados para produzir uma série de coisas e somos nós os consumidores que
compramos e depois rejeitamos nos lixões, aumentando ainda mais a demanda por
novos minérios. Assim, nós podemos fazer muito, somente evitando o desperdício
e o consumo indiscriminado. Podemos também reciclar e apoiar a luta camponesa e
indígena dos povos latino-americanos. Veja a postagem “Como boicotar as mineradoras e diminuir seu impacto ambiental” para sabe rmais. Veja também: Alô? Saiba como seu smartphone está destruindo o planeta"
Somos nós
responsáveis?
Nós podemos mudar o futuro, se apenas mudarmos algumas ações nocivas que costumamos praticar. Fonte |
Atualmente,
o principal motivo de violência ocntra camponeses e indígenas na América Latina
é a terra. A terra que eles possuem por direito, muitas vezes é cobiçada por
mineradora,s mas não só por isso: para produção de soja transgênica e criação
de gado. Se você se tornar vegan, saiba que você ajuda e muito a barrar esta
violência. Isto porque a soja é majoritariamente produzida para produzir ração
animal (no Brasil alimentam salmões em cativeiro, frangos, galinhas, entre outros)
e se você parar de consumir derivados animais, você diminui a demanda e o valor
deste produto cheio de sangue. Assim, diminuir o consumo de produtos com
metais, reciclar e se tornar vegan, são grandes medidas que você já pode começar
a fazer para ajudar a evitar a violência contra indígenas e camponeses.
Veja abaixo o vídeo emocionante sobre a vida
de Máxima Acuña. Em alguns minutos, você vai reconhecer o quão importante é
esta mulher para a história camponesa de nosso querido continente latino e
também se sentir inspirada(o) a mudar seus hábitos.
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