A Ciência Contra Os Transgênicos – Provando De Uma Vez Por Todas O Perigo Dos Transgênicos
A ciência já prova o mal que causam os transgênicos, sendo ignorada pelos governantes e empresas produtoras. Fonte: Caros Amigos |
Transgênicos são alimentos de origem vegetal ou animal que
receberam a inserção de um gene ou genes exógenos, de outras espécies, visando
a produção de alguma resposta fisiológica de valor para o grupo que realizou a
inserção. No caso das plantas, geralmente são formuladas espécies resistentes a
herbicidas sob patente, espécies que produzem o próprio herbicida ou espécies
que tanto produzem, como são resistentes a herbicidas potentes.
No Brasil, a soja e o milho transgênicos são os mais comuns
e têm a sua distribuição garantida nos supermercados, sendo os produtos
agraciados com símbolo “T” nas embalagens. Além destes alimentos e todos os
produtos que contêm ingredientes deste tipo na sua composição, o Brasil está
estudando a possibilidade de liberar a versão transgênica do feijão. Ademais, todos
os animais criados a base de ração, como aves, porcos e algumas espécies de
peixes, são alimentados com rações transgênicas no Brasil. Fora estes tipos,
existe ainda a abobrinha transgênica e o salmão transgênico nos EUA e algumas variedades
de canola transgênica, resistentes ao agrotóxico glifosato, e cultivadas no
Canadá.
Os alimentos transgênicos são cada vez mais comuns, apesar de danosos à população. Fonte: Pratos Limpos |
Atualmente, é muito comum ir ao supermercado e encontrar
alimentos transgênicos: óleo de soja, óleo de milho, milho para pipoca, amido
de milho, doces com xarope de glicose (feito do milho), milho fresco, proteína
de soja e outros são ingredientes comuns em nossa culinária, os quais escondem
um grande perigo para a nossa saúde e para o meio-ambiente.
No começo do século XXI ainda havia certa controvérsia a
respeito da possibilidade de danos que os transgênicos poderiam causar à saúde
humana e ao meio, entretanto atualmente muitos estudos já demonstraram que
alimentos transgênicos causam uma série de seqüelas fisiológicas. Ademais,
cultivos transgênicos costumam se espalhar pelas plantações vizinhas, gerando
novas espécies e novas pragas de cultivo, como no caso da canola.
Produtos transgênicos podem levar a sequelas no indivíduo, as quais são somente percebidas à longo prazo. Fonte: Mural Virtual |
Resolvi citar alguns estudos científicos publicados em
conceituadas revistas para não deixar mais dúvidas nas mentes daqueles que
ainda acham que não existem provas suficientes contra os transgênicos. O
primeiro e o segundo estudo, referentes à saúde, são estudos realizados em
animais. Eu não sou favorável à experimentação animal, mas tendo em vista as
conseqüências que os transgênicos podem causar tanto em humanos como em outras
formas de vida, resolvi citar a pesquisa, para que inclusive veganos, tomem consciência
de que o boicote deve ir além dos produtos de origem animal, se quisermos
salvaguardar os direitos dos outros seres vivos do planeta.
Pois bem, este estudo publicado no “International Journal of
Biological Sciences” de 2009, intitulado “A
Comparision of the effects of three GM Corn Varieties on Mammalian Health”1 mostrou que os ratos
alimentados por 3 meses com milho transgênico das variedades NK603, Mon810 e
Mon863 mostraram sinais de toxicidade estatisticamente significativos nos rins
e fígado. Ademais, foram notados sinais de problemas no coração, glândulas
adrenais, baço e sistema hematopoiético. Por fim, diferenças de toxicidade
foram encontradas entre machos e fêmeas. É importante ressaltar que este estudo
foi uma resposta independente a uma pesquisa realizada pela Monsanto, a qual
concluiu que não haviam evidências suficientes para danos fisiológicos. Este
estudo, não financiado por nenhuma empresa detentora de patentes em
transgênicos, mostra o contrário e ainda afirma que mais conseqüências, como
câncer, poderiam ser encontradas, caso o experimento durasse mais de três
meses.
A sociedade civil tem se mobilizado há tempos contra os transgênicos, sendo ignorada pelos governantes. Fonte: G1 |
Outro estudo publicado no “Journal of Hematology &
Thromboembolic Diseases” de 2013, intitulado de “Hematotoxicity of Bacillus thuringiensis as Spore-crystal Strains Cry1Aa,
Cry1Ab, Cry1Ac or Cry2Aa in Swiss Albino Mice”2, estudou a toxicidade da toxina Bt, provinda de um
gene de culturas de Bacillus
thuringiensis, demonstrou hematoxicidade e diminuição da produção de
células da medula óssea em ratos, em apenas sete dias de exposição. Atualmente,
o milho transgênico comercializado no Brasil é do tipo Bt.
Por fim, um último estudo realizado em populações
humanas e publicado na revista “Leukemia & Lymphoma”
de 2002, intitulado “Exposure to pesticides as risk factor for non-Hodgkin's
lymphoma and hairy cell leukemia: pooled analysis of two Swedish case-control
studies”3, demonstrou que a
exposição ao pesticida Glifosato, o qual é administrado em plantas transgênicas
resistentes ao glifosato e encontrado em plantas produtoras de glifosato, gera
risco aumentado de câncer dos linfonodos de tipo não-Hodgkin e leucemia. A soja
transgênica no Brasil é do tipo glifosato.
Sementes e gametas transgênicos podem se espalhar por plantações vizinhas, criando super pragas ou competindo e eliminando variedades crioulas. Fonte: Mural Virtual |
Estes três estudos são mais do que suficientes para
demonstrar os riscos absurdos que a alimentação transgênica pode causar para a
saúde de animais e humanos. Mesmo assim, os transgênicos continuam a ser
comercializados sem pudor e a população os consome sem entender o que o triângulo
amarelo com o “T”em preto das embalagens significa.
Além destes riscos, há ainda o risco ambiental de
contaminação. Nota publicada no site da revista Nature4 afirma que pesquisadores britânicos demonstraram que
gametas de canola transgênica hibridizaram com gametas de mostarda e outras
rasteiras silvestres, gerando receio de que o gene que cria resistência a
herbicidas possa se espalhar pela natureza, gerando super pragas e futuros
problemas ambientais, inclusive de cultivo. Além disso, relatório publicado
pela Royal Society of Canada’s Biotech Experts de 20015 aponta o problema do cruzamento não-controlado de 3
variedades de canola transgênica no Canadá e que gerou uma nova espécie que se
dissemina como praga pelos campos de cultivo canadense. Segundo o relatório, a
praga é tão preocupante que somente agroquímicos extremamente tóxicos e que
tudo matam, inclusive humanos, como o 2,4-D poderão ser capazes de lidar com o
problema.
Alimentos orgânicos são parte da solução contra os transgênicos. Fonte: Observatório Ambiental |
Concluindo, depois de ver os cinco relatos científicos
acima, chegamos a conclusão de que a liberação dos transgênicos na sociedade é
extremamente irresponsável e visa
possivelmente apenas os interesses das produtoras da tecnologia. Não faltou
avisos por parte da comunidade científica e das ONGs ecológicas, que se
apoiavam no princípio da precaução, o qual visa primeiro a precaução, mesmo sem
provas, antes da liberação automática de uma nova invenção. Toda a mobilização
da sociedade civil, inclusive brasileira, não foi capaz de barrar os
transgênicos. Hoje, somente quem consome orgânicos está livre destes produtos.
Ademais, toda a ração de animais de estimação, ou não, aumenta os riscos de
doença dos animais que cuidamos.
A solução está em suas mãos. Fonte: Caritas |
O que podemos fazer? Em primeiro lugar, basear-se sempre na
ciência, que nos ajudará a eliminar argumentos tolos provindos dos meios de
comunicação de massa. Um dos argumentos mais utilizados a favor dos
transgênicos é o combate da fome mundial. Não caiamos neste argumento que é
cego para os problemas políticos e econômicos de nosso sistema, escondendo a
fartura de alimento que produzimos e o problema de distribuição de comida. Além
de se informar, é importante evitar ao máximo estes produtos e fique atento,
pois existem projetos de lei que visam a extinção do “T” nas embalagens. Sempre
desconfie de alimentos a base de soja, milho e futuramente feijão, mesmo que o
“T” não esteja lá. Procure comprar alimentos orgânicos, se possível, ou crie
uma horta e uma ultima dica é tornar-se vegano, ajudando não só aos animais,
mas à sua saúde e ao meio-ambiente.
Mais informações podem ser encontradas nas fontes abaixo.
Não deixe de divulgar estas informações para que outras pessoas possam aprender
sobre os perigos desta alimentação.
Paz!
Referências
1 – VENDOMOIS, J. S.;
ROULLIER, F.; CELLIER, D. ; SÉRALINI, G. (2009) A
Comparison of the Effects of Three GM Corn Varieties on Mammalian Health, International
Journal of Biological Sciences, 5(7), 706-26. Disponivel em: < http://www.ijbs.com/v05p0706.pdf
>. Acesso em: 10/09/2013;
2 – MEZZOMO,
B. P.; MIRANDA-VILELA, A. L.; FREIRE, I. S.; BARBOSA, L. C. P.; PORTILHO, F.
A.; LACAVA, Z. G. M.; GRISOLLA, C. K. (2013). Hematotoxicity
of Bacillus thuringiensis as Spore-crystal Strains Cry1Aa, Cry1Ab, Cry1Ac or
Cry2Aa in Swiss Albino Mice, Journal of Hematology & Thromboembolic Diseases,
1(1), 1-9. Disponível em: < http://esciencecentral.org/journals/JHTD/JHTD-1-104.pdf
>. Acesso
em: 10/09/2013;
3 – HARDELL, L.; ERIKSSON, M.;
NORDSTROM, M. Exposure to pesticides as risk factor for
non-Hodgkin's lymphoma and hairy cell leukemia: pooled analysis of two Swedish
case-control studies (2002). Leukemia & Lymphoma, Maio, 43(5), 1043-9.
Disponível em: < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12148884
>. Acesso
em: 10/09/2013;
4 – HOPKIN,
M. Transgenic Crop may have bred with
wild breed. Disponível
em: < http://www.nature.com/news/2005/050725/full/news050725-2.html >. Acesso em: 10/09/2013;
5 – LONDRES,
F. Transgênicos no Brasil: as verdadeiras conseqüências. Disponível em: < http://www.unicamp.br/fea/ortega/agenda21/candeia.htm >. Acesso
em: 10/09/2013;
Mais fontes:
GREENPEACE. Transgênicos: a verdade por trás do mito. Disponível
em:
< http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/cartilha.pdf >. Acesso
em: 10/09/2013;
Autora: Camila Arvoredo
Autora: Camila Arvoredo
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