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Quando ser vegano é também ser ambientalista

Nós devemos nos tornar guardiões das florestas. Por nós e pelos animais que vivem nelas!

Sei que muitos veganos preferem não misturar as causas. Eles dizem: “A causa animal já tem muitos poucos adeptos e deve se concentrar somente nos animais”.Sim, eu concordo. O problema é quando este tipo de argumento justifica a opção de muitos veganos de não se importar com o meio-ambiente em que vive o animal. De fato, é totalmente contraditório que muitos veganos, por conta deste tipo de argumentação, não se preocupem com as consequências de suas ações, envolvendo a casa destes animais, ou seja, seu habitat.
Talvez, pelo fato de aprendermos a objetificar os animais desde crianças, nós não nos acostumamos com o fato de que eles têm direitos. Quem é vegano pensa no direito do animal à sua vida, mas além deste direito mais básico, quase ninguém pensa que os direitos do animal vão além disso, tendo eles direito também à água, à moradia e qualidade de vida, por que não?.

Uma vida pode ser vivida pela metade, se sua casa foi destruída para sempre.

Ora, é totalmente impensável que pessoas favoráveis aos direitos humanos sejam contra o direito à moradia e a uma vida com mais qualidade para as pessoas, por exemplo. Parece óbvio que direitos humanos passam pelo direito à terra, ao alimento, ao bem-estar, aos recursos hídricos. Mas e para os animais não-humanos? Isto é tão óbvio assim? De fato, isto faz todo sentido para os animais não humanos também, afinal, não basta só ficar vivo, mas ter um lugar para viver, espaço para crescer, alimentos de qualidade e recursos hídricos. Apesar disso, muitos veganos preferem não lutar pelo direito ao habitat dos animais e, mesmo, muitas vezes, consomem de empresas que destroem os animais e seus recursos naturais indiretamente.

Nós comemos o orangotango, quando comemos suas florestas em uma barra de chocolate.

Veja o caso dos orangotangos, por exemplo, não há matadouros de orangotangos por aí e não se explora orangotangos fêmeas para produção de leite. Orangotangos podem ser sim caçados para servir de entretenimento em circos e, em alguns casos, casas de show na Ásia, mas a principal causa de morte e sofrimento para estes animais é o óleo de palma, presente em muitos produtos com selo vegan, aliás. Vegan até que ponto?
Há exemplos mais próximos: corporações europeias e estado-unidenses que destroem florestas e os recursos hídricos de biomas brasileiros para explorar água mineral. Você conhece estas empresas? Quantos não são os veganos que não só compram água e outros produtos destas empresas, como também batem no peito com orgulho de que vão continuar no mesmo caminho, pois água, refrigerante, leite vegetal, não têm nada de origem animal. Ora, não precisa ter ingrediente animal para conter exploração animal! Quantos animais não morrem ou têm que viver suas vidas em cativeiro, aleijados ou separados de seu grupo, porque seu habitat natural não existe mais?

Há animais que são consumidos de outra forma, quando suas florestas deixam de existir.

E claro, não estou só falando dos mamíferos fofos! A maioria dos anfíbios está fadado à extinção por conta do desmatamento de seus habitats naturais. Sapos, pererecas, salamandras estão correndo o risco de desaparecer por conta de empresas, que não talvez não lucrem diretamente com o sofrimento animal, mas que indiretamente causam danos terríveis a eles.
A floresta importa! E não é porque a causa ambientalista tem que se fundir à causa animal, mas porque a floresta também é causa animal! Se quisermos olhar os animais como seres de direito e como iguais, não podemos ignorar que eles também têm direito a muito mais do que sua existência! Habitat, água, bem-estar, luz do sol, tudo está ligado e é por isso que os veganos têm que se importar também com as suas escolhas de consumo que favorecem a preservação do meio-ambiente e dos recursos naturais.

Quem vai olhar pelas florestas? Elas também importam e muito!

Claro, não é fácil e nem dá para boicotar tudo. Nadar contra a corrente não é fácil de nenhum jeito, mas não estamos aqui e nem nos tornamos veganos para que a vida fosse mais tranquila à curto prazo, mas para que o futuro seja tranquilo para animais humanos e não humanos que virão. Consumir menos industrializados e se focar em produtos frescos, orgânicos e que ajudem a preservar os biomas terrestres é assim essencial também.

 Sim, boicotar produtos de origem animal é extremamente importante, mas não vamos nos esquecer que também devemos tentar o possível e o impossível para nos desfazer de hábitos de consumo que depredem o ambiente do animal. Há produtos que são totalmente vegetais na embalagem, mas não esqueça que há sangue escondido ali: o sangue da floresta e do animal que ficou sem ter onde viver!

Observação: a floresta não é só floresta, ela é também Cerrado, Caatinga, Pampas, Mangue e todos os biomas que formam o Brasil e outros locais do mundo. Devemos lutar pela sua preservação e jamais esquecer que nossas ações importam muito quando se trata de desmatamento. Mesmo que o veganismo já diminua em boa parte o desmatamento, ainda existem várias outras ações perpetuadas pela nossa sociedade que continuam a fortalecer a depredação ambiental e o habitat dos animais selvagens.

Paz!

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 Pensando ao contrário














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