Ter esperança é um ato político e se você perdê-la, eles vencem
Eles vencerão? Depende de nós! Bansky |
Hoje vi
três notícias ruins na internet. Uma foi sobre a tentativa das “autoridades” de
abafar o caso do estupro coletivo, outra foi sobre o assassinato de um gorila
sequestrado e feito prisioneiro em um zoológico, após um menino invadir a jaula
sem querer, e finalmente, uma notícia de nomeação de uma esposa de fulano para
um cargo de saúde.
E este foi
só o começo do dia e só o dia de hoje porque ontem eu vi outras e antes de
ontem e antes de ontem, outras mais. A verdade é que está cada vez mais difícil
acreditar e manter as forças para continuar lutando contra esta imensa tsunami
que invade o mundo.Invariavelmente, nós pensamos que as pessoas estão todas
loucas, que não conseguem ver o óbvio, que o mundo está acabando e logo já
estamos desistindo. Quase!
Na
realidade, quando pensamos em quase desistir, nós devemos saber que ainda há uma
esperança e ela está aí do seu lado. Na verdade, ela é você se revoltando. Se
não existisse você, ou eu, ou todos os outros que não se cansam de lutar contra
a corrente, aí sim não haveria esperança. A mudança pode acontecer, mas temos
que ter muita paciência. Temos que olhar para as notícias ruins e engolir seco
e, em seguida, olhar à nossa volta e ver até que ponto podemos fazer algo a
respeito do que nos incomoda.
Este é um
exercício muito importante porque há tantas coisas por se fazer neste mundo,
que se você se deixa levar pela culpa ou pelo ímpeto de querer mudar tudo, você
se afoga. De fato, não tem como, eu ou você, mudarmos tudo, mas nós podemos
mudar o que está ao nosso alcance.
Existem tantas coisas que podemos fazer e a primeira é parar de usar a suposta natureza humana violenta como desculpas. Bansky. |
Por exemplo,
quando eu vi todas estas notícias, eu comecei a me afogar, eu comecei a chorar,
a querer sumir daqui, ser abduzida para aquele planeta que você nunca viu, mas
sente saudades. Esta é a primeira reação que todos nós temos quando vemos muita
notícia ruim por aí. Mas, antes que eu me afogasse e largasse tudo, eu fiz um
exercício: eu pensei sobre o que eu poderia realmente fazer para mudar aqueles
eventos que eu vi. E, de fato, logo eu percebi que não podia fazer muito de
onde eu estou. Sei que alguns de vocês podem fazer sim! Alguns podem ir a
manifestações, outros podem organizar atos pelos direitos da mulher, pelos
direitos dos animais ou contra parasitas; já alguns outros podem apenas agir
pelas rodes sociais e por fim, todos nós, podemos olhar para nós mesmos e para
nossas vidas neste momento e anotarmos tudo que podemos mudar em nós.
Sim, é
horrível ver tanto sofrimento por aí, mas deixar-se levar pelo desespero, faz
com que você não veja aquela pessoa que está ali do seu lado, por exemplo,
contando uma piadinha cafona e machista. Neste exato momento, você pode fazer
algo. Você pode mudar seus hábitos alimentares e parar de subsidiar zoológicos;
se você não vai a zoológicos, você pode conversar com alguém e explicar o que é
de fato este lugar; você pode também se manifestar, quando puder, mesmo que
seja compartilhando nas redes sociais, os nomes dos parasitas e seus atos
nefastos por aí.
Você é a esperança! Fonte anônima |
Claro que
estes são só exemplos, relacionados às notícias que eu vi. Existem, claramente,
outras muitas soluções para se desenvolver, relacionadas a outros problemas. Na
realidade, o objetivo deste texto curto é voltar a inflamar a chama de
esperança de seu coração, porque não é fácil não ser tragado pela tsunami,
principalmente se nosso coração está pesado como uma âncora. Ma,s no fim das
contas, nós existimos aqui para algum propósito e se nós pensamos diferente da
maioria é porque nós temos algo a dizer e algo a criar. Quando ficar triste,
permita-se chorar, permita-se desabafar com um amigo ou com o seu espelho, mas
antes que você possa bater na porta da escuridão, volte e se lembre de que o
mundo precisa de você, porque afinal de contas, se você perder a esperança que
sempre teve, aí sim eles vencerão. E nós sabemos: nós não queremos isso!
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