Um texto para não perder a esperança
Estes dias
eu vi mais uma daquelas notícias que me dão ânsia de vômito, literalmente.
Dinamarqueses cercaram baleias pelo mar e as encurralaram nas praias. Centenas
de pessoas, incluindo crianças, acompanharam homens cortando os pescoços das
baleias, todos rindo, gritando e comemorando o feito. Ativistas do Sea Shepard tentaram impedir o ato sanguinário, alguns em
barcos e outros em terra, mas foram presos pela polícia sob aplausos da
população. A cor da água transformou-se em um vívido vermelho, simbolizando a
cor a que a humanidade atual mais se identifica atualmente. O sangue, a guerra,
a violência e todos os dias não alguns grupos minoritários, mas centenas e
milhares, senão milhões de pessoas, apoiando atos bárbaros, banhando-se de
sangue em pleno prazer.
Mas isto
não é novidade! Todos os dias nós somos metralhados com a negatividade de nossa
sociedade e aí eu me pergunto: o que somos nós? O que somos nós, estes
pensadores ao contrário, que, ao invés de rir da faca cortando o pescoço das
baleias gritantes ou dos golfimhos de Taiji, ou das lagostas nas panelas de
água fervendo, choramos, choramos e sentimos o peso da carga da maldade que
carrega nossa espécie? O que somos nós?
Eu acredito
que nós somos os pontos de luz na lama. Há luz suficiente para tornar a lama
cristalina? Não! Entretanto, há luz suficiente para que parte da lama se torne
mais clara. E há muita luz! Aliás, se focar naquilo que é negativo é apenas
afundar ainda mais na escuridão do barro. Nós podemos olhar para a tempestade
que jorra raios furiosos ou nós podemos olhar para o clarão de sol que consegue
penetrar uma nuvem cinzenta. Assim, apesar de sabermos que existem muitas
coisas ruins no mundo e de vermos o noticiário depressivo de todos os dias, nós
temos que tentar olhar sempre para o jato de luz. É ele que nos dará força para
fazer com que algumas nuvens se dissipem.
Hoje eu vi
a notícia que me deixou com ànsia, mas eu também descobri que algumas pessoas
estão fazendo projetos de ajuda na África, projetos de inserção de comunidade
indígena, mulheres vencedoras contra o machismo na Colômbia e mais e mais
pessoas se tornando veganas e se interessando.
Olhe para a
luz. Ela parece pequena, isto é fato! Mas, ela é tão mais bela! De fato, eu não
sei o que acontecerá com quem ainda não tem sensibilidade para chorar contra
atos tão covardes quanto o grito da tortura de um animal (inclusive humano),
mas a missão em si não é querer tornar a lama uma lagoa cristalina de imediato,
mas ter paciência e ir limpando cada parte e canto dela para que esta água
volte a correr e se direcione ao oceano. Força! Nós já estamos mudando aquilo
que parecia impensável! Nós estamos trazendo esperança em um mundo em que se
ensina uma criança a matar. A escuridão faz propaganda de si mesma, mas a luz,
em sua modéstia, prefere trabalhar no anonimato.
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VOCÊ ZEN
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