A incrível Arte do crochê pelo anticonsumismo
O crochê é aquela arte bem desenvolvida por senhoras felizes, todas reunidas em uma tarde de dia de semana, fofocando sobre a novela das seis. Bem, quando lembramos de crochê, esta imagem nos vem à cabeça e se não é esta que aparece, o que se mostra é ao menos uma velhinha bem-humorada com sua agulhinha.
De fato, antigamente as mulheres, por possuírem um papel
social bastante distinto ao dos homens, aprendiam uma série de funções ditas femininas,
entre elas a costura e o tricô, bordado e crochê, entre outros. Nossas vós eram
moças naquela época e é por isso que são elas que mais aparecem em nossas
mentes.
Apesar desta atividade ser bastante apreciada pela terceira idade feminina, o crochê atualmente não é penas uma arte do fio ou um hobby da terceira idade; o crochê, por ser extremamente multifuncional, permitindo a criação de cortinas, tapetes, acessórios de casa, roupas, cintos, cachecóis e outros é mais do que hobby, ele é uma arte à serviço da mudança do mundo e de nós mesmos.
Gandhi, durante toda a sua vida, já havia associado a arte do khadi (a tecelagem com a roca) em seu processo revolucionário não violento. Ele dizia que os indianos se encontravam prisioneiros dos ingleses através das necessidades que eles lhes impunham, sendo uma delas o tecido inglês que tomara conta da Inda naquela época
Apesar desta atividade ser bastante apreciada pela terceira idade feminina, o crochê atualmente não é penas uma arte do fio ou um hobby da terceira idade; o crochê, por ser extremamente multifuncional, permitindo a criação de cortinas, tapetes, acessórios de casa, roupas, cintos, cachecóis e outros é mais do que hobby, ele é uma arte à serviço da mudança do mundo e de nós mesmos.
Gandhi, durante toda a sua vida, já havia associado a arte do khadi (a tecelagem com a roca) em seu processo revolucionário não violento. Ele dizia que os indianos se encontravam prisioneiros dos ingleses através das necessidades que eles lhes impunham, sendo uma delas o tecido inglês que tomara conta da Inda naquela época
.
Ora, não somos nós também prisioneiros de uma série de
produtos supostamente necessários, atualmente? Produtos que por assim dizer nos
impedem de discordar do modo atual como os objetos são produzidos?
Sim, nada mudou!
Artista Nathan Vincent fazendo crochê. Seu trabalho explora a relação entre as fronteiras do que é estritamente masculino e feminino. |
É assim que resolvi colocar o crochê entre as atividades
mais importantes da mudança do mundo e mais: da mudança de nós mesmos! Se ela
não muda apenas o fato de estarmos consumindo menos e criando menos lixo, ela
também nos faz sentir como parte do processo criador, afinal nós, com nossas
mãos, conseguimos criar uma série de produtos! Criando, nós mudamos a nós
mesmos e por que não, ao nosso entorno também!
Abaixo seguem links que ensinam a fazer crochê passo a passo
e alguns objetos simples que já ajudam na luta contra o consumismo e
desperdício:
Pontos básicos
Ponto básico 1 – correntinha
Ponto básico 2 – ponto baixo
Ponto básico 3 – ponto alto
Ponto básico 4 – ponto baixíssimo
Outros pontos
Todos esses pontos podem ser aprendidos via "Youtube",
escrevendo o nome do ponto na “Busca”. Para pontos mais complexos recomendo o
blog de "Elaine Crochê", que ensina a fazer uma série de pontos e produtos, com
vídeos. Os vídeos são gratuitos:
O trabalho de Nathan Vincent
Aqui nós empregamos o crochê como feramente da revolução
interior, mas este grande artista plástico usa o crochê de uma forma também
não-convencional. Ele cria peças consideradas masculinas a partir do crochê,
algo considerado como feminino. Com isso, ele questiona as barreiras da
classificação de gênero.
Nathan
Vincent: http://nathanvincent.com/home.html
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PERMACULTURA
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