Cantada ou violência? Sua hora de escolher mudar o mundo

Por: Camila do Arco-Íris

Cantada: para o homem uma brincadeira, para a mulher, uma restrição de sua
liberdade. Fonte: Gazeta do Povo

O curta francês, "Femme de la rue" ("Mulher da rua") expõe de maneira direta como a famosa cantada, mais comum entre homens do que mulheres, reduz a liberdade de ir e vir da mulher. Com uma câmera escondida, a cineasta Sofie Peeters, anda pelas ruas da capital da Bélgica em alguns bairros desfavorecidos da região e mostra como ela é verbalmente abordada e muitas vezes insultada, com palavras como vadia e cadela. Aparentemente inocente, o curta mostra como a cantada é usada de maneira coerciva para diminuir a liberdade da mulher, ditando o que ela deve vestir, onde andar e em qual horário circular, sob pena de ser agredida psicologicamente ou até sofrer abusos físicos. Qual mulher que já não sofreu isso em qualquer lugar do mundo? Acho que são poucas aquelas que não têm uma história para contar sobre os abusos, em alguns casos físicos, como passadas de mão, tapas e encochadas no transporte público, até ofensas verbais, que fazem com que saíamos de casa sempre com medo.

Aparentemente inocente e muitas vezes considerada como o prêmio da mulher bonita, no Brasil, a cantada é até mesmo apoiada por muitos setores machistas femininos, que consideram a reclamação como falta do que fazer das mulheres bonitas que reclamam de barriga cheia. Todavia, o curta de Sofie mostra a evidente violência dos comentários e o medo que se cria na mulher, que restringe cada vez mais a sua liberdade, em pró da prevenção de algo que possa ser ainda pior, como um estupro.

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Segue abaixo reportagem sobre o curta "Mulher da rua".

Paz!

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